Hoje (10) foi dia de Parlamento Jovem e, por isso, o Plenário da Câmara de Uberlândia se encheu com a presença dos alunos participantes do programa. A palestrante da tarde foi a professora de História e de Projeto de Vida, Me. Alinne Costa, que abordou o tema central do PJ Minas 2025 - “Juventude e Direitos Culturais” – para um público de 45 estudantes sob a perspectiva dos diversos tipos de sentido, formas e força que a cultura apresenta. A abordagem foi interativa, com material de apoio, e a professora buscou trazer a realidade da escola e dos grupos que ali se formam para explicar a diversidade cultural nos indivíduos em si, nas demonstrações de arte e de expressão e nos espaços que as pessoas ocupam.
Os jovens foram instados a pensar sobre as formas de cultura, o papel da pichação na manifestação cultural e ainda refletiram sobre os conceitos de cultura apresentados. Primeiro, o de Edward Taylor, que conceitua cultura no mesmo nível da civilização: “é aquele todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Segundo, o conceito preconizado pela ONU, de que “a cultura deve ser considerada como o conjunto dos traços distintivos espirituais, materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social. Ela engloba, além das artes e das letras, modos de vida, maneiras de viver juntos, sistemas de valores, tradições e crenças.”
Além de abordar estilos musicais, Alinne Costa mostrou o papel da coletividade na construção cultural e enfatizou o ser próprio como um patrimônio cultural. “O patrimonial não vive só no museu — ele tá na quebrada, no rolê, no batuque, na feira de domingo”.
A ideia de diversidade cultural foi comparada à biodiversidade, devido a sua potência, e abordada em consonância com a necessidade de respeito mútuo às formas diversas de manifestação e crença. “Valorizar a diversidade é reconhecer que nenhuma cultura é superior a outra”, disse a professora, acrescentando que “respeitar a diversidade é combater estigmas, preconceitos e desigualdades”.
A professora também encorajou os jovens a buscar o diálogo entre os grupos, a agir coletivamente em prol de uma transformação e valorizar a diversidade. “Como indivíduos, somos culturalmente um patrimônio, carregado de história e ancestralidade”, afirmou.
Ao final da apresentação, os alunos participaram de uma dinâmica. Eles foram divididos em pequenos grupos e discutiram sobre a cultura na qual estão inseridos e responderam à questão: “O que, na sua cultura, você gostaria que o mundo conhecesse?”.
Departamento de Comunicação (Emiliza Didier)