A presença dos vereadores da Câmara Municipal de Uberlândia foi quase maciça na sessão itinerante ocorrida no auditório da Fiemg na noite do último dia 20. Dos 27 parlamentares, apenas três não compareceram, mas apresentaram justificativa. Dois deles estavam de viagem na capital de Minas, Belo Horizonte.
A sessão extraordinária foi aberta como se acompanha mensalmente as sessões ordinárias da Casa e com a presença de todos os membros da Mesa Diretora. Diversos representantes de entidades ligadas à área industrial e comercial da cidade estiveram presentes: Aciub, Sindicato Rural, Unedi, Sindicato do Comércio de Uberlândia, Comissão Empresarial da OAB Uberlândia, dentre outros. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Raphael Leles, foi o convidado da noite para ouvir e responder demandas ligadas ao setor feitas, em especial, pelo presidente da Fiemg, Pedro Spina.
Apesar do ambiente diferente do costumeiro, os vereadores não se intimidaram e utilizaram a tribuna para justificar pedidos e requerimentos na Ordem do Dia. O vereador Silésio Miranda trouxe à plenário o pedido para que a prefeitura municipal faça contratação de vanzeiros via empresa para atendimento de crianças e professores da zona rural, caso não haja o preenchimento das vagas individuais na contratação do transporte. Para o vereador Alexandre Nogueira, o Ministério Público fez ingerência quanto à proibição da contração das vans via cooperativa e solicitou um acordo entre as partes para que o município faça uma contratação emergencial com uma empresa com CNPJ.
O vereador Antônio Carrijo discursou e disse que, apesar da crise, ações como a Câmara Itinerante mostra que o poder legislativo está aberto para a discussão e diálogo. O parlamentar também reiterou a informações do projeto divulgado inicialmente pelo presidente da Casa, vereador Hélio Ferraz – Baiano, que visa alterar a lei de uso e ocupação do solo e beneficiar investidores. Rodi Borges lembrou o prolongamento da avenida Balaiadas e o início da iluminação na via e também a vinda de três projetos que devem regulamentar e regularizar 110 lotes de chácaras na cidade. Felipe Felps fez um requerimento oral para que as sessões setoriais ouçam a população civil em bairros da cidade para gerar uma maior proximidade entre os parlamentares e as pessoas que os elegeram.
A vereadora Jussara Matsuda aproveitou a oportunidade e fez um apelo para a conscientização das empresas e funcionários quanto à dengue, lembrando que a maior porcentagem do foco está nas residências e o acometimento da doença traz prejuízos para os empresários. Ela reclamou da falta do fumacê e fez um pedido para que a prefeitura intensifique o tratamento nas regiões mais críticas da cidade. O vereador Ceará estendeu o assunto e chamou a responsabilidade dos donos de terrenos que não fazem limpeza no local e comprometem o trabalho da prefeitura na prevenção e saúde da população.
Demandas do setor econômico | O presidente da Câmara, Hélio Ferraz – Baiano, suspendeu o grande expediente para ouvir o presidente da Fiemg, Pedro Spina. O empresário da construção civil disse ao secretário Raphael Leles que os investidores aguardam uma pauta de atração para novas indústrias em Uberlândia. O secretário salientou a retomada de construção do Pólo Tecnológico, um projeto criado em 2012 que visa aumentar a competitividade das empresas e fortalecer a rede de empresas de base tecnológica do município. Questionado sobre o assunto, Leles explicou que uma empresa venceu a licitação para execução de projetos do terreno de 157 mil metros quadrados na região Sul, onde será o Pólo e uma nova empresa deverá ser licitada para a venda dos terrenos. Ao todo serão 32 lotes com 600 metros quadrados, permissão para edificações de, no máximo, seis andares e áreas de uso comum. Os investidores interessados terão subsídio numa iniciativa da prefeitura de alavancar a economia da cidade via o projeto Invista feita por meio de parceria público-privada.
Hoje na área industrial, o que preocupa, segundo o secretário Raphael Leles, é a baixa ocupação da área, que há tempos atrás correspondia a 63% e hoje esse percentual é menor. Para Leles, esse é um desafio. Ele assinalou que, apesar da área ser estadual, a prefeitura faz intervenção no trânsito para a segurança dos funcionários e vê o local como parte da cidade.
Assuntos como a falta do Veículo Leve sobre Trilhos e o fomento do Turismo na cidade também pautou a sessão.
Por fim, o presidente colocou dois projetos para votação, sendo um Decreto Legislativo, aprovado por maioria simbólica e o PL 417/18, que dispõe sobre resíduos sólidos da construção civil, aprovado em 1ª discussão.
Fonte: Departamento de Comunicação CMU (Emiliza Didier)