A Câmara de Uberlândia promoveu a audiência pública “Castração e vacinação – FIV e FeLV e o bem estar dos felinos” na tarde desta sexta-feira (12). O evento foi uma promoção das comissões de Meio Ambiente e Defesa Animal e da Mista de Participação Popular e teve como objetivo ouvir as propostas do Projeto Zequinha, idealizado pelo médico Phelipe Brandão, que pretende identificar abrigos de felinos na cidade, criar banco de dados, separar animais doentes dos sãos e promover a vacinação para essa classe de animais.
A audiência foi aberta pela relatora da Comissão de Defesa Animal, vereadora Liza Prado (MDB) e foi conduzida pela presidente da Comissão Mista de Participação Popular, Dandara Tonantzin. Os participantes foram os seis voluntários do projeto e acompanhantes pela transmissão ao vivo pelo canal da Câmara.
Liza Prado explicou que a FIV e a FeLV são doenças virais, que acometem os felinos e muitos são abandonados quando diagnosticados com essas doenças por uma questão de preconceito. Ela esclareceu que, apesar de não ter cura, o tratamento pode trazer qualidade para a vida do animal e ainda ressaltou a importância de projetos para causa animal.
Dandara Tonantzin disse que a Comissão Mista de Participação Popular deve trazer os assuntos que são demandas da população para o interior da Câmara Municipal de Uberlândia e ressaltou que os voluntários solicitaram que o debate sobre o Projeto Zequinha fosse feito no plenário da Câmara Municipal.
Phelipe Brandão, que é especialista em medicina ocupacional, contou que o projeto surgiu de uma experiência própria que teve ao adotar um felino, que após busca por tratamentos para uma fraqueza de saúde, foi diagnosticado com a FeLV, vírus da leucemia felina, que compromete o sistema imunológico dos animais. Hoje são seis voluntários de diversas áreas da área da saúde animal e de prevenção, além da área advocatícia.
O objetivo, segundo Brandão, é identificar abrigos e locais relacionados à ajuda aos felinos em Uberlândia, quantificar esses animais nos espaços formais ou informais e contribuir na formação de um banco de dados, com os fluxos de adoção e entradas nos abrigos, de forma a poder providenciar testes, promover a segregação entre animais identificados como doentes e os sadios, promovendo, assim, a vacinação em massa para as respectivas doenças.
O projeto já conta com um mapa indicando a localidade dos abrigos felinos em Uberlândia e a identificação dos locais que testam os animais. Os que não realizam a separação dos gatos doentes contribuem para a exposição dos animais sadios às doenças.
A intenção do grupo é criar um protocolo de adoção para os animais já diagnosticados com as doenças FIV e FeLV, ambas sem transmissão para os humanos, e contribuir para facilitar o processo de adoção desses gatos.
No aspecto legal, pela forma que procuraram o legislativo, Brandão enfatizou que a idéia é criar um projeto que lei que torne obrigatório à todas as cínicas veterinárias a exposição de folders com campanhas de vacinação e tipos de inoculantes para os felinos.
A advogada e voluntária, Alessandra Martelli, disse ainda que o grupo vislumbra a possibilidade de organizar feiras de adoção com a finalidade de diminuir a população de rua dos felinos.
O vídeo completo da audiência já se encontra no canal da Câmara Municipal de Uberlândia no Youtube ou pelo link direto: https://bit.ly/3HgzJr8
Fonte: Departamento de Comunicação (Emiliza Didier)