A Comissão de Meio Ambiente e Defesa Animal da Câmara de Uberlândia realizou uma reunião técnica com a presença de representantes do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram), da Comissão de Meio Ambiente da OAB e do Instituto de Geografia da UFU para tratarem dos desafios que cada uma dessas instituições tem lidado no momento oportuno em que se antecede o Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 05 de junho.
A presidente da Comissão, vereadora Liza Prado (Patriota), iniciou os trabalhos numa postura de resistência ao veto recente do prefeito Odelmo Leão ao projeto de Lei, de sua autoria, que proibia a construção de barragens ou qualquer alteração que viesse a mudar o curso do Rio Uberabinha. Para a parlamentar, a intenção do projeto não termina com veto, já que pretende acionar o Ministério Público numa ação conjunta com outros parlamentares e ONGs, questionando a falta de análise do Dmae no veto apresentado ao projeto, sem se preocupar com as questões de saneamento básico, das corredeiras para depurar a água e de vazão de água, o que implica ação do órgão municipal de água e esgoto.
A reunião contou também com a presença das vereadoras Cláudia Guerra (PDT), suplente na Comissão e Amanda Gondim (PDT).
Sobre a questão animal, Liza Prado tratou da nova visão dos loteamentos, buscando espaços adequados para todos os membros da família, o que inclui os pets. Ela tratou desse modelo como um “novo olhar para o meio ambiente, para os espaços, pelos córregos, para o clima para os animais”, que busca a qualidade do morar e do viver em consonância com o ecossistema.
Na manifestação dos convidados dessa tarde, o Tenente Laurence, do 38º Batalhão do Corpo de Bombeiros solicitou que o município notifique os terrenos que não estão cercados e nem limpos, associando a falta de limpeza aos casos de incêndio. Em 2021, segundo o tenente, foram registrados 2.669 focos de incêndio com atendimento do CB e desses locais, 1400 pertenciam a terrenos vagos, sem limpeza e nem passeio. O problema parece esbarrar na a falta de funcionários para a prefeitura cumprir com toda a fiscalização e por isso o CB sugeriu um convênio para que a entidade possa realizar, em conjunto com o poder municipal, o trabalho de notificação dos proprietários dos terrenos e imóveis.
Liza Prado lembrou que acionou a prefeitura para que houvesse a notificação a empresários do setor industrial da região leste do município para limpeza de áreas vazias que estavam prejudicando os próprios empresários, notificação essa que não pode ser totalmente completada pela carência de pessoal para fiscalização. A preocupação está no tipo de lixo que se encontra nos terrenos vazios, como madeira, mato e outros resíduos sólidos que favorecem queimadas e incêndios e também na necessidade de se descolar o exército do CB para o atendimento de outras demandas mais céleres, como as ocorrências de acidentes com pessoas e o atendimento de socorro imediato por questões de saúde.
A superintendente da Unidade Regional da Supram, Kamila Borges Alves, falou sobre os equipamentos para tratamento e despejo de esgoto e resíduos líquidos e sólidos no município, como a Estação de Tratamento de Esgoto do Dmae e os ecopontos, que são locais que recebem lixos como madeiras, móveis velhos, roupas, utensílios, restos de materiais de construção, e a necessidade de se gestar bem esses equipamentos. A reclamação de mau cheiro e presença de animais peçonhentos como ratos no Ecoponto do bairro Industrial, como afirmou Liza Prado, é de responsabilidade de quem está comandando esses equipamentos. Ela lembrou que há um prazo para retirada do material depositado nos Ecopontos e que é necessário fazer o transbordo. “Isso tem um impacto ambiental grande, se o município não faz a sua parte causa impacto no outros como o Corpo de Bombeiro, a Supram”, enfatizou a parlamentar.
Confira a reunião da Comissão e Meio Ambiente e Defesa Animal na íntegra pelo link: https://bit.ly/38YIBWc
Fonte: Departamento de Comunicação (Emiliza Didier)