O presidente da RNP+Brasil (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS) em Uberlândia, Edvaldo Dias Cantuário, compareceu ao Legislativo para participar da Tribuna Livre, ocorrida no dia 01 de dezembro durante a primeira reunião ordinária em horário regimental, a convite do presidente vereador Sérgio do Bom Preço (PP) para divulgação da campanha e do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, 01 de dezembro.
Edvaldo Cantuário considera que o Dezembro Vermelho é um momento importante na luta contra a AIDS mas que o que mata é o preconceito e não o vírus e que nos seus 23 anos de RNP+Brasil em Uberlândia a luta maior é contra o preconceito. Durante a campanha, estão realizando distribuição de preservativos em terminais de ônibus e realizando várias ações de conscientização e prevenção nas empresas e presídios e no próximo domingo, dia 04 a partir das 8:00h, será realizada a Caminhada Pela Vida no Parque do Sabiá.
Os trabalhos e ações realizados em Uberlândia pela RNP+Brasil precisam de recursos financeiros disse Edvaldo Cantuário, a cidade é a terceira em Minas Gerais no número de casos de HIV, porque todos os atendimentos oferecidos são gratuitos e precisam de apoio. E, agradeceu aos vereadores parceiros que destinaram verbas orçamentárias através de emendas na Lei Orçamentária Anual (LOA).
A única barreira entre a sociedade e o vírus é o preconceito, disse Edvaldo Cantuário, por isso é preciso falar em todos os lugares e informar que ao fazer o tratamento a pessoa não transmite mais o vírus e que é possível viver uma vida normal e inclusive ter filhos. E, lembrou que a marca da promiscuidade que cercava o HIV/AIDS e os grupos de risco não existe mais porque o vírus está em todos os lugares e a AIDS é uma doença tratável. O medo precisa ser extinto para que se evite o que aconteceu em Uberlândia nos últimos dois anos em que dois jovens se suicidaram após terem diagnósticos positivos para a doença.
Dividiu a Tribuna Livre a senhora Juliani Pedroso, hétero, que há cinco anos foi diagnosticada positivamente e informou sobre a força do medo e do preconceito que sofrem; por isso ela pede apoio à causa da RNP+Brasil, que falem sobre o tema, que acolham e cuidem das pessoas que devem se sentir pertencentes à sociedade porque viver com HIV é possível mas com o preconceito é inadimissível.
Departamento de Comunicação (Eithel Lobianco Junior)