A Comissão de Direitos Humanos, Sociais e do Consumidor reuniu mulheres membros e convidadas para discutir questões relacionadas à violência contra a mulher neste dia 25 de novembro, data que marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A reunião, intitulada “Combate ao Preconceito, Racismo e Xenofobia contra as Mulheres”, foi aberta pela presidente da Comissão, Liza Prado (Sem partido) e acompanhada pelas vereadoras Gilvan Masferrer (DC), Amanda Gondim (PDT), relatora da Comissão, e Cláudia Guerra (PDT). As convidadas foram a defensora pública, Bárbara Bissochi, a presidente do Clube Soroptimista Maria José, a ex-Superintendente da Mulher, Fátima Matias, a advogada representando a OAB Mulher, Cláudia Coutinho e da pedagoga e professora de Braile, Luzia aparecida neves do nascimento.
A discussão se deu em torno da rede de enfrentamento à violência contra a mulher no município de Uberlândia e numa forma de fortalecer o grupo por meio da representatividade. Para a defensora Bárbara Bissochi, além do enfrentamento que envolve a punição contra a violência, é necessário um trabalho nas escolas para propagação da igualdade de gênero e desmitificação da ideia da mulher como objeto que para ela, comportamentos tidos como “machistas”, infelizmente, ainda existem. Para a defensora, o trabalho de educação e conscientização se tornou uma necessidade após órgãos que lidam com violência doméstica verificarem o aumento dos índices de casos dessa natureza, apesar de um grande aparato jurídico e estrutural de repreensão contra este crime no município e acolhimento de mulheres e filhos.
Maria José, do Grupo Soroptimista explicou que a entidade escolheu a educação para trabalhar com o tema da violência buscando fazer com jovens meninas saibam fazer o bem e a que órgão recorrer se caso se vêem em situação de violência, especialmente doméstica.
Claudia Coutinho, da OAB Mulher contextualizou a situação explicando que a entidade tem desenvolvido o projeto Acelerando Cidades Inteligentes por meio do qual divulga leis que promovem uma sociedade mais humana e mais inteligente também para as cidades pequenas e zona rural. A proposta é levar mais informações para as pessoas nesses locais e inserí-los no espaço de discussão e para isso tem contato com o apoio do poder publico nas esferas legislativo, executiva e judiciária, de empresas o que tem possibilitado uma rede de apoio que integra também organizações da sociedade civil. Por meio desse trabalho, ela diz ter verificado o aumento dos casos de violência doméstica e sexual contra crianças e também tem defendido a discussão desse tem nas escolas e políticas públicas de conscientização para os homens.
A professora de Braile Luzia do Nascimento e portadora de deficiência visual explicou que a violência contra a mulher para as mulheres e pessoas portadoras de deficiência se dá quando um professional não apresenta interesse em conhecer as formas de auxiliar esse publico e muitas vezes isso acontece em sala de aula. “A mulher com deficiência adulta percebe mais a questão da deficiência, entende quando professor tem dificuldade de trabalhar e apresenta falta de interesse em aprender, o que gera uma violência”, salientou.
A Vereadora Gilvan Masferrer disse que a luta é constante na CMU na defesa da mulher trans e que é importante debater a questão da violência contra a mulher. Amanda Gondim explicou que preside a Comissão de Direito das Mulheres e saudou as convidadas. A vereadora Cláudia Guerra Cláudia Guerra fez uma referência à data do do 25 de novembro e aos desafios que a rede de enfrentamento à violência doméstica passa em Uberlândia. Um deles é o de reunir a rede no encontro bimestral, a falta da presença do juiz da vara especializada em violência doméstica e a violência institucional na qual mulheres procuram órgãos de proteção à mulher e não são encorajadas diante das denúncias que apresentam e das necessidades que têm.
Confira a reunião completa no canal da Câmara Municipal de Uberlândia no Youtube pelo link direto: https://bit.ly/3XAXnXB
Fonte: Departamento de Comunicação (Emiliza Didier)