O Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, comemorado no dia 02 de abril, foi tema de falas na Tribuna Livre durante a primeira reunião ordinária do mês de abril realizada no dia 04 em horário regimental. Ocuparam a tribuna Maria Bertolina a convite da vereadora Cláudia Guerra (PDT) e Carolina Coelhos Guimarães convidada pelo vereador Murilo Ferreira (Rede). Ambas são mães de crianças do espectro autista e cobraram do Legislativo ações de inclusão social e escolar junto ao poder público.
Maria Bertolino se identificou como mãe, mulher, de baixa renda, usuária do SUS e do transporte público e pediu o acesso aos direitos básicos previstos em lei, tratamentos, escolas inclusivas e adaptadas para os deficientes na prática. Maria Bertolina afirmou que falta de tudo para as famílias de baixa renda no atendimento a crianças, adolescentes, adultos e idosos com deficiência. Ela pediu para deixarem de romantizar o autismo, que o autismo real não aparece na mídia e, pediu atenção da Casa e dos vereadores para os deficientes porque são vidas e todas as vidas importam.
Segundo Maria Bertolina elas não estão fazendo pedidos mas o cumprimento dos direitos e que os autistas existem de formas diversas; não basta fazerem promessas em campanhas eleitorais e estas serem engavetadas depois das eleições. Maria Bertolina cobrou também a presença de profissionais especializados para o atendimento aos deficientes nas escolas e que há um orçamento enorme para a saúde mas não usam a favor deles e que a terceirização da educação está matando o povo porque as escolas terceirizadas não têm estrutura e a saúde está sucateada e desestruturada; eles são gente e não números.
Carolina Coelho Guimarães, mãe de criança autista com 5 anos, informou que foi comunicada neste ano que a escola municipal onde seu filho freqüenta retirou sem justificativa a professora e que em nenhum momento estão sendo respeitadas as necessidades das crianças. Carolina Guimarães pediu apoio da Câmara Municipal para reverter a análise sem fundamentos do poder público sobre a funcionalidade dos autistas e que eles serão adultos funcionais se tiverem o atendimento necessário, uma educação especial para não ficarem jogadas; por isso é urgente a presença de profissionais especializados nas escolas.
Departamento de Comunicação (Eithel Lobianco Junior)