A presidente da ONG Vida e Trombofilia, Thalita Mara, participou da Tribuna Livre de maio durante a primeira reunião ordinária realizada no dia 02 em horário regimental para falar sobre a doença que teve o Dia Municipal de Conscientização sobre a Trombofilia, dia 05 de maio, incluído no Calendário Oficial do Município de Uberlândia pela Lei 13.725 de 28 de março de 2022. Thalita Mara informou que a trombofilia é provocada por condição genética ou adquirida, é uma doença silenciosa e quase sempre o diagnóstico ocorre apenas depois do pior já ter acontecido e que é preciso que a Lei se concretize através de ações e políticas públicas que garantam aos pacientes uma vida com dignidade.
Thalita Mara explicou que as trombofilias são alterações no sistema de coagulação sanguínea e manifestam-se como alterações no equilíbrio entre a formação de coágulos que predispõe-nos a desenvolver fenômenos trombóticos como a formação de coágulos arteriais ou venosos. A doença pode se manifestar em diversas partes do corpo. Se ocorrer nos vasos do coração pode levar a um infarto; se nos vasos do cérebro, pode levar a um derrame. Contudo, o mais comum é a formação de coágulos nas pernas, onde os sintomas são inchaço, dor, vermelhidão e calor.
Na gravidez, disse Thalita Mara, a trombofilia pode colocar em risco a saúde da mãe, continuidade da gestação e gerar complicações como: deslocamento prematuro da placenta; insuficiência placentária; restrição de crescimento fetal; pré-eclampsia; eclampsia; abortos de repetição ou perda gestacional tardia; parto prematuro; embolia pulmonar materna. Agora, vale lembrar que não são todas as paciente com trombofilia que irão desenvolver complicações na gestação, isso ocorre em apenas 0,5 a 4% dos casos. Sempre que uma paciente chegar para uma consulta com um mal passado obstétrico, temos que pensar em trombofilia. Aquelas com antecedentes familiares ou história de trombose com uso de anticoncepcional também devem ser pesquisadas.
Departamento de Comunicação (Eithel Lobianco Junior)