Os alunos do Parlamento Jovem Minas Uberlândia estavam ansiosos para participar de uma plenária oficial. Com a posse dos parlamentares jovens os trabalhos tiveram início. Em cada mesa os alunos tinham as cópias das nove propostas que deveriam ser apreciadas e votadas , um telão também facilitava o acompanhamento das iniciativas propostas pelos alunos.
Dentre as quatro outras plenárias já ocorridas na Câmara de Uberlândia essa foi a mais diretiva. Os jovens, apesar de opinarem e subirem à tribuna para defender propostas e se posicionarem a favor ou outra, facilitaram os trabalhos. As iniciativas que não tiveram aceitação por parte dos parlamentares logo foram rejeitadas. Não houveram emendas supressivas ou aditivas. Apenas duas propostas do subtema Violência contra mulher nos espaços públicos de poder foram aglutinadas. O texto final dessas duas propostas determina a promoção de atividades de prevenção da violência contra a mulher em empresas públicas e privadas e também a criação de datas bimestrais para discutir sobre a saúde física e mental nas unidades de saúde do município. Outra proposta aprovada sobre este subtema estabelece a identificação de locais de risco dentro de escolas públicas, com supervisão da polícia militar, a fim de inibir ações que atentem contra a integridade física e moral dos alunos.
Outras propostas aprovadas foram uma, dentro do subtema Violência doméstica, que cria ONG de assistência às vítimas de violência doméstica e suas famílias, e duas do subtema três Violência e Assédio Sexual, uma que promove ações contra violência de gênero dentro das escolas e outra que cria uma delegacia de atendimento 24 horas para o atendimento à mulher vítima de violência.
O vereador Ronaldo Alves abriu a sessão ordinária e empossou a mesa diretora. Para o parlamentar é necessário discutir políticas públicas de prevenção e proteção à violência contra a mulher. “Sem dúvida, é uma grande importância da atuação do parlamento jovem na discussão aqui na Câmara Municipal de Uberlândia que posteriormente nós vamos estar abrindo já em agosto a nível de estado. Outros municípios também de nosso estado vão estar compondo a discussão dessa temática que está sendo dialogada aqui no parlamento jovem para que nós passamos extrair, através dessas discussões, momentos para que nos possamos ter políticas públicas mais eficientes nessa atuação”, opinou.
Felipe Felps acompanhou as votações e disse que a discussão sobre a violência contra a mulher no universo jovem é muito importante. “Muitas vezes, como legisladores, ficamos pautados em temática fixa e a vivência dos jovens em outra realidade traz uma nova vivacidade para a discussão. Nas propostas eles viram (procuraram) tentativas de achar mecanismos diferentes do que temos em nosso sistema de proteção à mulher para achar novas metodologias para evitar essas situações”, observou.
Larrisa Lopes foi a relatora. Ela disse que o programa lhe proporcionou experiências construtivas sobre o assunto. Foi ela quem propôs a criação de uma delegacia 24 horas para o atendimento das mulheres vítimas de violência. “O tema é importante, pois não tem muitas leis que ajudam as mulheres na sociedade”, assinalou.
Matheus Felipe participa pela segunda vez do programa. Apesar de não ter muitas expectativas de mudança na condução política do município e estado, o aluno diz que o Parlamento Jovem o motiva a ajudar a mudar o país de alguma maneira. Para ele a educação é a peça fundamental: “O programa oferece conhecimento, experiência e eu acho que os jovens devem estar mais preocupados com a política, só que tem que tomar cuidado pelo viés que vai, porque hoje, infelizmente, a grande maioria dos jovens vai por um viés errado da política, que nunca deu certo em nenhum lugar do mundo e isso é o retrato do que o nosso país está hoje”, opinou.
Alice Silva também retornou ao projeto esse ano em busca de informação. Ela compôs a mesa diretora como presidente. “O que o programa oferece para os jovens, além de conhecimento, oportunidades ... são novas oportunidades políticas que a gente tem. Além disso, também o conhecimento teórico, por exemplo, esse ano a gente está tratando sobre violência contra a mulher, a gente já está tendo as informações de centros para tratamento onde as mulheres são acolhidas, quais são os direitos e os deveres da mulher no trabalho, isso tudo eu acho que favorece bastante a gente”, completou.
O vereador Roger Dantas esteve também na plenária e disse que sempre realiza um trabalho com os jovens dentro de escolas públicas de Uberlândia. Para o parlamentar, o PJ dá visibilidade aos jovens. “Eu acredito muito na juventude e trazer a juventude para dentro da câmara municipal é uma forma para que se possa ter voz e vez. Eles vão estar fomentando esse tema, falando dessas temas na escola também. Eu acho isso muito importante e é uma forma também para nós ouvirmos as propostas deles, as propostas apresentadas em várias câmaras no estado e depois nós vamos levar isso para a assembléia de Minas onde vão ser propostas de Lei estadual. Eu vejo isso muito bom”, finalizou.
Fonte: Departamento de Comunicação CMU (Emiliza Didier)
