O desembargador Nelson Missias de Morais será o novo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) no biênio 2018/2020. O magistrado foi eleito pelo Tribunal Pleno, em sessão conduzida pelo presidente, desembargador Geraldo Augusto de Almeida, na segunda-feira passada, dia 23, com 69 votos. Cento e vinte e quatro desembargadores participaram da votação.
O presidente eleito afirmou que pretende atuar de forma colegiada, ouvindo servidores e juízes e procurando melhorar a estrutura no 1º e no 2º graus. O magistrado disse que o objetivo é garantir uma justiça mais célere e cidadã para a sociedade. “Quero começar ouvindo, para poder, em conjunto com os atores dessa grande estrutura, tomar as decisões certas”, afirmou.
A votação para os cargos da mesa diretiva foi feita por meio de urnas eletrônicas cedidas pelo TRE-MG. Além dos 69 votos que elegeram o novo presidente, a votação teve dois votos brancos e um nulo. O desembargador Carlos Levenhagen, que também disputou o cargo, recebeu 52 votos.
A posse do presidente eleito será em 29 de junho.
Currículo
Natural de João Pinheiro, no Noroeste de Minas, o desembargador Nelson Missias de Morais formou-se pela Faculdade de Direito de Sete Lagoas. É pós-graduado em direito penal e processual penal pela Faculdade Vale do Rio Doce/Universidade Gama Filho, especialista em direito penal e processual penal pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) do TJMG e tem licenciatura plena em Graduação de Professores, pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).
É sobrinho do ex-secretário de Agricultura de Minas Gerais no governo Tancredo Neves, José Mendonça de Morais, de Patos de Minas.
Desembargador do TJMG desde 26 de abril de 2010, o magistrado conciliou a magistratura com o magistério, atuando como professor de direito penal e processual penal do Curso de Formação Inicial de Juízes Substitutos da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef). Também foi professor em outras instituições de ensino, como a Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce (Fadivale). Atua na direção do Instituto de Ciências Penais do Estado de Minas Gerais; e integra a diretoria da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Como magistrado, atuou nas comarcas de Açucena, Mantena, Governador Valadares e Belo Horizonte. Presidiu a Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) no triênio 2007-2010 e foi secretário-geral da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), de 2011/2013. Atuou ainda como advogado e é escritor de diversas obras jurídicas. Também possui medalhas e condecorações.