Uma palestra com a temática a favor da vida e contrária ao aborto foi realizada no plenário da Câmara de Uberlândia na tarde desta sexta-feira (28). Intitulada “A Vida é a Melhor Escolha”, a palestra foi proferida pela presidente nacional da Rede em Defesa da Vida e da Família, Zezé Luz, conhecida pelo trabalho que realiza com mulheres nas comunidades, favelas e morros do Rio de Janeiro (RJ). A iniciativa de trazer o assunto para o parlamento foi da vereadora Gláucia da Saúde (PSDB), em parceria com os vereadores Walquir do Amaral (SD) e Leandro Neves (PSDB).
Participaram do evento, além dos vereadores, as representantes da Polícia Militar, soldados Fernanda Silva e Camila Batista, os sargentos Emília Lemes e Ormindo dos Santos Junior, a representante do grupo União Consciência Negra, Maria Terezinha da Silva, a presidente do grupo Pró-Vida Uberlândia, Navana Baranzeli, e o Padre Sérgio, da Paróquia São José.
Zezé Luz, que também é cantora católica e missionária, disse que o movimento pró-vida no Brasil é resultado de anos de trabalho, com envolvimento politico e conhecimento da causa que lutam. Ela disse que o campo para discussão sobre a questão do aborto no país é no Congresso Nacional e desde 2010 o movimento tem visto a repulsa por parte da maioria dos parlamentares federais para a questão da liberalização do aborto.
Luz lembrou que o aborto é crime no país, previsto no Código Penal. “(Para) as excludentes de penalidade, as três hipóteses (são): quando não há outro meio de salvar a vida da mãe, em casos de bebês com anencefalia e mulheres que recorrem por terem sido vítimas de estupro”, disse ao explicar que, apesar de não se aplicar pena nessas três situações, as mesmas configuram o crime do aborto.
Zezé Luz disse também que há uma tentativa, via ativismo judicial por parte de um partido politico, qual seja o Psol, que impetrou a arguição de descumprimento de preceito fundamental 442, que versa sobre a descriminalização do aborto no Brasil até 12 semanas, no Supremo Tribunal Federal. “Nós já sabemos que isso é apenas a ponta do iceberg, porque, a partir do momento em que o Estado brasileiro, um país democrático de direito, que tem uma Câmara com 504 deputados, que tem um Senado com 83 senadores, que representa o povo, que se discutiu, que rejeitou essa pauta, se entra pelo Supremo Tribunal Federal para 11 ministros decidirem sobre uma pauta que vai, de alguma forma, influenciar toda uma população, a gente leva logo a entender que isso não é o certo”, disse a ativista pala vida, acrescentando que o movimento que preside entrou com diversas petições na justiça e tem realizado discussões em todo o país chamando a atenção para essa arguição.
Para Zezé, o argumento contra o aborto é científico, já que a vida começa na concepção. A própria missionária contou que foi vítima de violência sexual no passado e se submeteu a um aborto provocado que. segundo ela, lhe provocou problemas, físicos, fisiológicos, e emocionais, com a dependência do álcool e tentativa de suicídio. Hoje ela é mãe de duas filhas, uma delas médica, a qual, pela experiência que passou, sempre alerta: “Nunca suje suas mãos”.
Hoje, a Rede em Defesa da Vida e da Família está lançando núcleo em Uberlândia para atender mulheres fragilizadas por gravidezes inesperadas, indesejadas, até mesmo àquelas vítimas do terror do estupro. “Não é só buscar a via de regra: matar aquele inocente. Se no Brasil não tem pena de morte para o estuprador, não tem que ter pena de morte para o bebê inocente”, finalizou.
Fonte: Departamento de Comunicação (Emiliza Didier)