A convite do vereador Fabão (Pros) o enfermeiro, servidor público e professor Conrado Augusto Ferreira de Oliveira ocupou a Tribuna Livre durante a primeira reunião ordinária de dezembro, realizada em horário regimental no dia 01, para abordar o tema do piso salarial da enfermagem. Conrado Oliveira afirmou que ele é voz de muitos que sofrem e que cuidam das pessoas; segundo ele são 2,7 milhões de enfermeiros e técnicos em enfermagem no Brasil, 240 mil em Minas Gerais e quase 10 mil em Uberlândia e que vinha à Tribuna Livre para cobrar a implantação do piso salarial na cidade.
Conrado Oliveira informou que o Brasil é o país onde mais enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes morreram vítimas da Covid-19, quase mil, e que esses profissionais precisam ser valorizados através do pagamento do piso salarial, que não é teto, porque pagam a eles o que querem e na cidade um técnico recebe um salário mínimo e o enfermeiro R$2mil e isso ameaça o futuro da profissão porque 90% são mulheres que precisam deixar suas casas, de cuidar de seus filhos para trabalharem por 2 ou 3 turnos para terem o mínimo da dignidade salarial e leva ao cansaço, e estresse.
A criação de uma lei municipal, explicou Conrado Oliveira, sobre o piso salarial é fundamental para que assim possa ser aplicado na Leio Orçamentária Anual (LOA) sendo que várias cidades do entorno já vão pagar o piso a partir de janeiro de 2023 mesmo não tendo lei ainda aprovada. Conrado Oliveira lembrou que os enfermeiros atuam 24 horas cuidando de pessoas, desde o nascimento até à morte todos passam por atendimentos de saúde e de enfermagem.
A lei do piso salarial da enfermagem foi aprovada pelo Congresso Nacional em setembro de 2022 (Lei 14.434/22) e um mês depois o Supremo Tribunal Federal (STF) bloqueou a aplicação da lei perguntando sobre a fonte de receita para os pagamentos do piso, sendo que há dinheiro para muita coisa menos para pagar um salário digno. O piso é lei e vamos continuar na luta e na resistência, disse Conrado Oliveira, porque merecem e pediu ao Legislativo que não sejam mais invisíveis e que apenas entregar moções de aplausos e outras homenagens aos enfermeiros em 12 de maio (Dia da Enfermagem) não pagam contas e, investir no SUS é investir na saúde.
Departamento de Comunicação (Eithel Lobianco Junior)