A Câmara Municipal recebeu no dia 14 de fevereiro, 9ª reunião ordinária, representantes dos servidores municipais para participarem das discussões relativas ao índice de reajuste dos servidores municipais. Ocuparam a tribuna Jésio Cândido da Silva, representando os servidores do Centro de Controle de Zoonoses; Sueli do Carmo Gonçalves, professora aposentada representando os Aposentados em Ação e, Júnia Alba Gonçalves, representante do Sindicato dos Professores do Município de Uberlândia (Sinpmu).
Jésio Cândido da Silva afirmou que o Executivo precisa respeitar a legislação e repor as perdas salariais com a inflação e que são os servidores que carregam a administração pública. Jésio Silva falou que são todas as famílias dos servidores que estão perdendo e que uma hora o barulho será feito e, que considera que nas negociações com os servidores estes não estão se sentindo representados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sintrasp). Jésio Silva cobrou dos vereadores que o aumento a ser aplicado sobre os vencimentos seja retroativo ao mês de janeiro.
A representante dos aposentados, Sueli do Carmo Gonçalves, ao ocupar a tribuna afirmou que o Governo Municipal não está cumprindo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) no que diz respeitos ao piso salarial e reajustes e isso tem motivado estudantes de cursos superiores voltados ao magistério a desejarem abandonar os cursos por conta dos baixos salários que terão quando graduados em seus respectivos cursos. Sueli Gonçalves disse aos vereadores que em permanecendo a atual prática deverão recorrer ao Ministério Público para que se exija o cumprimento da legislação.
Júnia Alba Gonçalves, representante do Sindicato dos Professores, ao ocupar a tribuna afirmou aos vereadores que o Executivo está contrariando a Lei e que deveria observar o que é legal relativo aos reajustes. Júnia Gonçalves informou que nenhum professor, cumprindo 20 horas semanais, não poderá receber valor menor que R$1.988,226, que é o piso da categoria e, que é preciso valorizar os profissionais da educação e não desvalorizar como o que tem ocorrido e que piso não é teto. Júnia Gonçalves afirmou que as reposições são necessárias para recuperação da dignidade humana dos professores , professores esses que estão se afastando do trabalho por motivos de saúde física e mental. E, por último afirmou ser favorável à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as aplicações dos recursos do Fundeb pelo Município.
Departamento de Comunicação (Eithel Lobianco Junior)