As reuniões legislativas dos ano de 2022 tiveram início no dia 02 de fevereiro com a realização da primeira reunião ordinária, de forma presencial e remota, que foi aberta com a presença de oradores na Tribuna Livre. Atendendo a convite da vereadora Liza Prado (MDB) ocuparam a tribuna o ambientalista Gustavo Malaco, representante da Associação para Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro – Angá e a representante da Associação de Diabetes Joslin – Instituto Joslin, Tânia Valéria Martins.
Gustavo Malaco informou que a Associação Angá atua há 14 anos defendendo políticas pública e o empoderamento sobre temas relativos ao clima, recursos hídricos e biodiversidade; temas caros ao município de Uberlândia que precisa de um macroplanejamento urbano para um desenvolvimento sustentável, com qualidade de vida e resiliência diante da crise climática. Gustavo Malaco lembrou que a cidade não cria um novo parque municipal há 20 anos e sugeriu a criação do Parque Municipal do Córrego Moji.
Ele, Gustavo Malaco considera que é preciso fazer um novo Plano Diretor porque o atual é de 2006 e não mais reflete a realidade e necessidades de planejamento urbano, do sistema viário e uma nova ocupação do solo com uma nova política climática. Malaco pediu apoio a Projeto de Lei Complementar da vereadora Liza Prado que objetiva o conservação do Rio Uberabinha abaixo da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do DMAE até à foz com o Rio Araguari. A preocupação é com a construção de barragens no leito do Rio Uberabinha para geração de energia que podem impactar negativamente na qualidade das águas, na proteção de matas ciliares e abastecimento urbano e rural. Segundo ele, o projeto da vereadora não impacta o agronegócio e irrigações.
A representante da Associação de Diabetes Joslin, Tânia Valéria Martins informou que a entidade foi criada em 2015 para atender portadores de diabetes, que é uma pandemia com impacto sobre a vida de meio bilhão de pessoas no mundo. No Brasil, disse Tânia Martins, há cerca de 17 milhões de diabéticos e os números estão crescendo; em 2020 Uberlândia contava 26.130 casos e em 2021 esse número subiu para 28.383 casos, sendo que 83% desses são de alto risco ou muito alto risco. Há também o problema, segundo ela, das pessoas que não foram ainda diagnosticadas ou não sabem que têm , representando 46% dos casos. O Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo com crianças diabéticas de 0 a 14 anos e o 4º lugar no mundo no números de casos. Tânia Martins solicitou aos vereadores apoio à entidade com a destinação de verbas para compra de aparelhos e manutenção dos tratamentos que são personalizados porque cada um é diferente do outro e com necessidades diferentes.
Tânia Martins ressalta que diabetes tem controle e quem segue as recomendações médicas e nutricionais raramente terá complicações e para isso é preciso educar para a diabetes e daí o projeto para criar o Instituto da Criança com Diabetes, um processo ensino/aprendizagem com metas e controles para dar qualidade de vida e reduzir danos mas para isso precisaria haver investimentos e ampliação do Programa de Atenção à Diabetes da Secretaria Municipal de Saúde e levar a Educação em Diabetes também para dentro das escolas.
Departamento de Comunicação (Eithel Lobianco Junior)