Uma nova etapa no tratamento de resíduos realizados na Estação de Tratamento de Esgoto de Uberlândia (ETE Uberabinha) foi anunciada na tarde desta terça-feira (11) pelo prefeito da Odelmo Leão. A iniciativa de transformar o lodo resultante do tratamento do esgoto em energia e fertilizante foi formalizada com a assinatura da ordem de serviço para “o início de estudos de viabilidade para melhor modelo de uma planta industrial na ETE Uberabinha”.
Com um investimento na ordem de R$ 1,7 milhão para o estudo técnico, que será realizado pela Companhia de Promoção Agrícola (Campo) num período de oito meses, a proposta é de conseguir transformar o volume mensal de logo extraído do processo de tratamento dos resíduos sólidos da ETE, num total de 1,7 mil toneladas, em gás combustível e biocarvão.
O vice-presidente da Câmara, vereador Sérgio do Bom Preço (PP), discursou no evento em nome do poder legislativo e ressaltou a importância do tratamento do lodo para despoluição ambiental e para geração de emprego e renda. “Criar sustentabilidade e desafogar o aterro sanitário”, disse. A assinatura da ordem de serviço foi acompanhada tamém pelos vereadores Liza Prado (S/P), Neemias Miquéias (PSD), Leandro Neves (PSDB), Gláucia da Saúde (PSDB), Antônio Augusto Queijinho (Cidadania), Luiz Eduardo Dudu (PROS), Ronaldo Tannús (DC), Gilvan Masferrer (DC), Jair Ferraz (PSDB) e do líder do prefeito na Câmara, Abatênio Marques (PP).
Segundo o superintendente técnico da Campo, Marcos Ramos, ainda que o município consiga captar e tratar todo o esgoto da cidade, o lodo resultante desse processo é despejado no aterro sanitário “ainda com características e desafios que precisam ser superados, que comprometem a estabilidade do aterro sanitário”, se referindo ao comprometimento da vida útil do aterro, além de implicar em questões seriamente ambientais, quais sejam, a emissão de emissão de gases como o metano e o CO2 na camada atmosférica, contribuindo para o aumento do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global.
Com o processamento do lodo nos moldes do sistema de pirólise, um processo de decomposição térmica da biomassa na presença controlada de oxigênio, como apresentada pelos técnicos da Campo, será possível a produção de gás combustível capaz de fornecer energia suficiente para manter a própria planta de processamento. De outra maneira, com a produção de biocarvão nesse processamento, será possível potencializar o efeito de remineralizador de solo do pó de basalto na agricultura.
Há uma expectativa, por parte do Departamento de Água e Esgoto de Uberlândia, o Dmae, de uma economia mensal de R$ 255 mil nos custos mensais com a destinação ao aterro sanitário. Cerca de 21,6 mil toneladas de lodo também deixariam de ser enviadas anualmente ao aterro com o processamento.
O prefeito Odelmo Leão disse que “a ação é em defesa ambiental” e que desde 2019 vem buscando alternativas ambientais em sua gestão, com tem feito com o basalto, “um remineralizador de solo que recupera o solo degradado e retira o gás carbônico”. Segundo o prefeito, outro problema ambiental é o esgoto. “Nós vamos começar esse estudo agora para gerar, desse monte de esgoto, energia e depois, com o carvão misturado ao basalto, agregar para que a agricultura desenvolva mais”, finalizou.
Fonte: Departamento de Comunicação (Emiliza Didier)