A “Semana de Luta contra a Violência Doméstica e Familiar” foi tema da primeira Tribuna Livre do mês de agosto ocorrida durante a 1ª reunião ordinária do Legislativo realizada no dia 01 em horário regimental. A “Semana” foi instituída em Uberlândia pela Lei 13.563/21 aprovada pelo Legislativo através de projeto do vereador Antônio Augusto Queijinho (Cidadania) que junto às vereadoras Cláudia Guerra (PDT) e Liza Prado (Patriota) fizeram aprovar requerimento para que ocupassem a tribuna a psicóloga Thais Clemente Roscia, a advogada Júlia Palmeira Macedo e Patrícia Rochela para falarem sobre o tema.
A psicóloga Thais Roscia afirmou que a luta é contra qualquer tipo de violência no âmbito familiar, seja contra mulheres, homens, idosos e crianças em suas mais diferentes formas de manifestação: física, psicológica, emocional, econômica, negligência e sexual. Segundo ela essas ações violentas geram impactos psicológicos que acompanham as vítimas por toda a vida, comprometendo as rotinas das pessoas por ansiedade, depressão, pensamentos suicidas, perda do sono e dificuldades de confiar nas pessoas. Assuntos estes que não devem ser tratados como algo de dentro das famílias, segredos, são assuntos de saúde pública sobre os quais todos temos responsabilidades.
A advogada Júlia Macedo considera que a temática é densa e necessária porque violências acontecem com freqüência e acabam com vidas, com histórias, com famílias e perpassam por todas as esferas sociais. Júlia Macedo avalia que é preciso uma atuação em rede, uma luta coletiva com enfrentamento diário e cotidiano para preservação dos direitos e, que o Legislativo, que tem o direito de pedir informações aos poderes públicos, possa construir um quadro real da situação na cidade e a partir dele traçar as políticas públicas necessárias.
A Semana acontece também em homenagem à Lei Maria da Penha instituída em 2006; considerada pela advogada Patrícia Rochela como uma das mais importantes do mundo. Para Patrícia Rochela é preciso, no mínimo, reduzir os atos violentos contra as mulheres, abusadas, vitimadas e mortas e que é preciso dar proteção às mulheres dentro de seus lares e que toda forma de violência deve ser denunciada e as vítimas abrigadas através de políticas públicas.
Departamento de Comunicação (Eithel Lobianco Junior)