O ministro da Saúde, Gilberto Occhi esteve em Uberlândia na tarde desta última segunda-feira (25) e foi recebido pelo prefeito Odelmo Leão, prefeitos de cidades vizinhas, vários deputados estaduais e federais, lideranças políticas, representantes de entidades da área de indústria e comércio, jurídica e principalmente gestores e profissionais de hospitais e unidades de saúde públicos do município. A comitiva foi recebida no auditório da Prefeitura e contou com a presença de vários vereadores da Câmara Municipal de Uberlândia, em especial do presidente Alexandre Nogueira (PSD).
Occhi anunciou o repasse de mais de R$ 525 mil para habilitação de mais 10 novos leitos neonatal para o Hospital Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro, mais de R$ 840 mil para habilitar 16 leitos neonatal para o Hospital de Clínicas de Uberlândia e R$ 1,2 milhões para habilitar o serviço de cirurgia cardiovascular pediátrica no município.
Os recursos são oriundos do Ministério da Saúde que tem feito uma força tarefa para auxiliar os municípios com dificuldades financeiras em suprir as demandas básicas da pasta. Só em Uberlândia o ministro afirmou que já foram destinados R$ 155 milhões e um total de R$ 4,3 bilhões para socorrer hospitais administrados pelo estado de Minas. Em discurso Occhio disse que o compromisso do atual presidente Michel Temer é pagar as contas em dia e falou sobre a regra de pagamento das emendas impositivas para os diversos partidos. “Nós já estamos pagando as emendas de 2018”. Ele também adiantou que aguarda a aprovação ainda nesta semana de um projeto de Lei para suplementar o orçamento de vários ministérios, entre eles o da saúde, que proporcionará o pagamento de emendas extras de deputados federais e senadores. Com esses valores deverão ser pagas emendas pendentes de 2017 e outras novas de 2018, a maioria para custeio.
SOBRE UBERLÂNDIA | O ministro Gilberto Occhio disse ter ouvido uma demanda particular do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, sobre a falta de verbas para terminar as obras de três UPA’s que estão paralisadas no município. Como o Ministério não pode complementar a recuperação de obras, Occhio garantiu o repasse de recursos extras para o atendimento de média e alta complexidade com a finalidade de aliviar o caixa da prefeitura e destinar sobra de recurso para a finalização das Unidades de Pronto Atendimento.
Outro ponto abordado pelo ministro é o entendimento, por parte do presidente da República, da possibilidade de mudança de finalidade de uso em obras que foram construídas, mas que não estão em funcionamento. A proposta é que, no caso das UPA’s, que exigem grande montante de recursos para o custeio de equipes médicas 24 horas por dia, possam ser transformadas em outro ambiente da área de saúde, como UBS’s, que requerem menor volume de dinheiro para serem geridos.
Sobre a questão das UPA’s, Odelmo Leão argumentou que as unidades não têm instalações necessárias para o funcionamento de equipamentos básicos e problemas estruturais, como a falta de reservatório de água. “Condições para funcionamento de saúde exigem critérios pelos setores especializados no assunto”, explicou.
Ao ser interrogado sobre o apoio necessário para habilitar o serviço Samu em Uberlândia, a resposta mais enfática veio do prefeito Odelmo que reiterou a falta de leitos para complementar o socorro móvel. “Não tem leito na cidade suficiente pra atendimento das pessoas, as UAI’s não é local de internação é local de exames preliminares”, contestou.
VEREADORES | O presidente da Câmara de Uberlândia, Alexandre Nogueira, acompanhou a visita e faltou sobre a necessidade de apoio financeiro para a saúde do município. “Uberlândia hoje, através da aprovação do prefeito Odelmo e dos vereadores já investe na saúde 31% de todo o seu orçamento, nós não agüentamos mais, nós precisamos da ajuda, da contrapartida do governo federal, uma vez que o governo do estado não faz os repasses que é de obrigação do estado e direito do município”, argumentou.
Para Jussara Matsuda (PSB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a saúde do município é crítica e se disse esperançosa com o apoio do governo federal. “Uma das coisas mais importantes são os leitos. Nós temos que terminar a construção da UFU para que aumente os leitos. Além disso, é preciso remanejar os atendimentos que eram de responsabilidade do Hospital Santa Cataria, (fechado), para o Hospital Municipal, com isso, teríamos aqui 20 pacientes com acesso a cirurgia cardíaca”, finalizou.
Fonte: Departamento de Comunicação CMU (Emiliza Didier)