Homenageados ilustres lotaram os bancos do plenário Homero Santos na tarde desta quarta-feira (13). Eram pessoas com idade igual ou superior a 80 anos de idade que viram receber Moção de Aplauso em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. Familiares, cuidadores e amigos também vieram prestigiar o evento.
Ao todo foram 23 homenageados. Foi preparada uma festa para receber os visitantes, o coral Anjos da Seresta cantou as músicas Baile da Saudade e Carolina. Os idosos entoaram embalados no som da música e se sentiram valorizados.
Representantes da Rede Proteção do Idoso do município estiveram presentes, entre eles o promotor de Justiça de Defesa do Idoso, Marcus Vinícius Cunha, o presidente do Conselho do Idoso, Gleber Gonçalves Vilela de Andrade e responsáveis da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e da Universidade Federal de Uberlândia.
A sessão solene foi presidida pelo vereador Felipe Felps (PSB). Em sua fala, Felps destacou a dificuldade em se promover políticas públicas em prol da qualidade de vida das pessoas idosas ainda mais tendo em vista a inversão da pirâmide, o que já se prevê um envelhecimento da população nos próximos anos. “Cada vez mais vai ser importante falar sobre idoso, sobre a segurança da vida do idoso”, destacou. Apesar disso o vereador salientou que a prestação de serviços públicos para esse grupo de pessoas no município faz com Uberlândia se destaque frente a outras cidades do país
Gleber de Andrade chamou atenção sobre a questão do envelhecimento e da longevidade. Ele lembrou que o ser humano envelhece por questões naturais e biológicas, mas que o prolongamento da vida com qualidade é uma conquista que poucos conseguem atingir ao ultrapassar as expectativas de vida.
A pessoa mais velha que recebeu a homenagem foi a senhora Zelinda Furlanetto Finotti, de 110 anos. Ela é natural do Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo e mora em Uberlândia há 76 anos. Dona Zelinda tem quatro filhos, 17 netos, 34 bisnetos e 20 tataranetos. A filha Luzélia Finotti, que tem 82 anos, diz que a mãe hoje não faz tanta questão em responder, mas ouve bem. Ela atribui a longevidade da mãe por características que sempre cultivou como determinação, coragem e muito trabalho. Além disso, o cuidado que sempre teve com a família é uma das causas atribuídas pela filha ao fato de dona Zelinda ter superado a morte do marido em 1973.
O senhor Jovevino Bueno de Azevedo também foi homenageado. Aos 100 anos de idade ele atribui a longevidade ao trabalho. Ela, que é natural de Anicuns, no Goiás, conta que nada, mergulha e a idade não o impede também de manter atividade laboral. Já foi cabeleireiro e hoje faz gaiolas. Para Jovelino, que tem nove filhos, 25 bisnetos e uma tataraneta, outro fator importante é dormir e acordar cedo, se alimentar bem e não se incomodar muito com as coisas da vida.
A senhora Maria Rosa, nome que leva na carteira de identidade, tem 80 anos. Ela é natural de Tupaciguara (MG) e mora há de 50 anos em Uberlândia. O segredo de longevidade que ela compartilha também é o trabalho, atividade que exerce desde os oito anos de idade.
Em Uberlândia trabalhou como costureira numa empresa têxtil depois foi trabalhar por conta própria em casa. Até hoje dona Maria Rosa costura e se não estiver praticando atividades físicas no Ceai no bairro Guarani onde mora, está em casa com a máquina ligada arrematando tecidos.
Todos homenageados receberam as Moções.
Fonte: Departamento de Comunicação CMU (Emiliza Didier)